Em entrevista para a nova edição da Revista de Seguros (ano 97, nº924), nossa sócia Ana Frazão comentou o uso de Inteligência Artificial (AI) nos tribunais brasileiros.
A matéria apontou que 53 tribunais no País desenvolvem soluções com uso de IA, desde instâncias estaduais até superiores. Ano passado, 111 projetos foram desenvolvidos ou entraram em desenvolvimento no Poder Judiciário.
Segundo Ana, “a decisão algorítmica, embora consiga ser muito eficiente no processamento de dados e na acuidade, também tem suas vulnerabilidades, como os incidentes de segurança. Por exemplo: um hacker pode manipular um sistema e, consequentemente, o conteúdo de decisões judiciais, sem que sequer se perceba facilmente”.
Por outro lado, em sua visão, os julgamentos algorítmicos têm vantagens em relação aos dos seres humanos no que diz respeito à objetividade e à acurácia. “Mas eles não são necessariamente superiores em muitos casos. Na verdade, esses sistemas simplesmente replicam o passado no futuro. Muitas vezes, a atuação que se espera de um juiz, em determinados casos, é superar o passado e propor novas orientações”.
Para ela, o melhor cenário para o futuro da IA nos tribunais é uma combinação entre o julgamento da máquina e o julgamento do homem. “Se conseguirmos atingir esse equilíbrio, sem dúvida nenhuma vamos conseguir chegar às melhores decisões sob diversos critérios”.
Baixe a revista em PDF. A matéria encontra-se na página 24: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n924.html